segunda-feira, 30 de agosto de 2010

POR DETRÀS DA VIDRAÇA

Rompe o sol detrás do monte
das aves ouve-se a voz,
fica belo o horizonte
há mais calor entre nós.

Eu fico atrás da vidraça
duma pequena janela,
vejo tudo o que se passa
não posso passar sem ela.

Vejo passar à tardinha
de olhar distante e profundo,
uma mulher já velhinha
que vive só no seu mundo.

Vejo e oiço na gaiola
numa pequena viela,
um canário amargurado
por não ter uma janela

Na rua que fica em frente
há uma roseira encarnada,
que suavisa o ambiente
duma casa abandonada.

Escurece, fecho a janela,
já sinto a noite a chegar,
só vou voltar para ela
quando o sol despertar...

Sem comentários:

Enviar um comentário