Rompe o sol detrás do monte
das aves ouve-se a voz,
fica belo o horizonte
há mais calor entre nós.
Eu fico atrás da vidraça
duma pequena janela,
vejo tudo o que se passa
não posso passar sem ela.
Vejo passar à tardinha
de olhar distante e profundo,
uma mulher já velhinha
que vive só no seu mundo.
Vejo e oiço na gaiola
numa pequena viela,
um canário amargurado
por não ter uma janela
Na rua que fica em frente
há uma roseira encarnada,
que suavisa o ambiente
duma casa abandonada.
Escurece, fecho a janela,
já sinto a noite a chegar,
só vou voltar para ela
quando o sol despertar...
Sem comentários:
Enviar um comentário