segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Quinta do Pinheiro...

Já está distante no tempo, mas ainda muito perto na minha mente...
A Quinta do Pinheiro, Era um local lindo,onde passei algum tempo da minha infância.
Recordo-me que junto da fonte, donde corria permanentemene uma àgua muito fresca, havia por todo o lado roseiras de todas as cores. O perfume das suas rosas, era tão rico que não apetecia sair da sua beira... À entrada duma enorme vinha, onde as árvores de fruta também abundavam,passava eu grande parte do meu tempo,é que nesse mesmo local, estava situada uma grande coelheira e eu gostava imenso de ver as cabriolices dos coelhitos mais novos.Os meus pais assim como outros trabalhadores, iam tratar das vinhas, vindimar e até fazer o vinho. Lembro-me de ver o meu pai, tios e avô com as calças arregaçadas até ao joelho, pisando a uva donde ía saindo um líquido escuro...
Outra coisa que muito me alegrava, era quando a minha avó me incumbia de ir ao galinheiro fazer a recolha dos ovos. Missão que cumpria com muito cuidado não fosse haver gemada... Meus avós eram caseiros nessa mesma quinta onde quase toda a minha familia trabalhava o ano inteiro. Iamos para lá segundas de manhã e voltavamos ao sábado para casa que era em Avis. Na rádio havia então a Emissora Nacional, onde num programa para gente miúda era contado um conto todos os sábados à tarde, razão porque eu desejava que chegasse a hora de voltar e poder satisfazer a minha fantasia de criança! Ouvir um conto.Lá em casa não havia telefonia, razão porque mal chegava me enfiava na casa duma vizinha onde havia rádio, para quase sempre ouvir a locutora dizer:( Assim terminamos a nossa história queridos amiguinhos, até para a semana) Lá ficava eu toda amargurada,vendo assim desfeito o sonho duma semana inteira... Afinal não eram mais que sete ou oito ans de idade.
Se recordar é viver...


M. Mendes.

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