terça-feira, 8 de maio de 2012

MEMÓRIAS DO PSSADO:

Meninas atenção, a hora da vossa entrada em cena apróxima-se.
Soava assim a voz do contra-regra.
-Entrar em cena, como seria possivel, depois de tantos puxões de cabelo...?
Ao que as pessoas se sujeitam, para parecer bem...
Nunca tive bom cabelo, nem naquela idade... Eramos tres jovens a entrar em cena
para cantar uma canção que falava da Primavera e das andorinhas.
( Bem bonita por sinal.) Não eram menos bonitos os vestidos azuis da côr do céu.
Só o que não condizia eram os meus cabelos... Uma das jovens do grupo, lembrou:
Que molhar os mesmos em àgua com açúcar e enrolar  tiras de pano, eu iria ficar com uma bonia cabeleira. Não foi assim, o açúcar secou e para tirar aquela engrenagem da minha cabeça, foi preciso eu sofrer muitas dores e puxões ainda que açúcarados...
Lembro-me de parte do poema...
Uma andorinha modesta
tem um aspeto de festa,
tem encanto e emoção,
Deus ó meu Deus quem me dera,
fosse eterna a Primavera
dentro do meu coração.
E lá na aldeia,
tudo diz á boca cheia
voltou de novo alegria
mesmo ás casas pobrezinhas.
E toda a gente
compriende porque sente
o que dizem nos beirais,
as humildes andorinhas.

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